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Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os salvou, mas a tua destra e o teu braço, e a luz da tua face, porquanto te agradaste deles. (Salmos 44:3)


Quando falamos em conquista, falamos em alcançar metas, sonhos, objetivos que geram um grau muito elevado de satisfação e auto-realização. Homem e mulher por suas características necessitam de ter esta auto-afirmação, onde as conquistas os remetem para a realização pessoal que cada um necessita, para provar, mostrar, que é capaz.

Até ai nenhuma dificuldade, nós gostamos de desafios, até é algo natural e normal diante das circunstâncias que são patrocinadas pelo mundo competitivo em que vivemos.

Mas, muito especialmente nos dias de hoje, a uma corrida desenfreada para provar e mostrar aquilo que não somos, as pessoas hoje estão sendo violentadas e se violentando psicologicamente, para trazerem resultados que hoje é bom, mas que no dia de amanhã são ruins, por que o bom resultado é ser melhor do que ontem, mas até que ponto isto tem respaldo bíblico, até que ponto, nossos resultados hoje para serem bom tem que ser maior do que foi ontem, até que ponto se aplica a matemática divina neste conceito, onde não podemos perder para que possamos ganhar, onde os últimos não têm vez e temos que ter para poder dar.


Vejam a discrepância que existe nas afirmações, da palavra, com aquilo que somos submetidos a cada dia com as mensagens subliminares que são lançadas em nosso subconsciente, e apartir disto chegamos a conclusão que somos incompetentes, que nossos esforços são em vão, que beltrano e cicrano são melhores do que eu.

Apesar de tudo isto muitas vezes tem se trazido uma cultura secular de conquista para dentro do nosso casamento, da nossa família, do nosso trabalho e do nosso ministério, onde empregamos todo o esforço físico e emocional, e derrepente somos colocados aprova e quando avaliados ficamos decepcionados com o resultado da avaliação. E ai, perguntamos, onde eu errei?

Sabe, que Deus, não te chamou, para a vergonha, para a derrota, para o fracasso, para a solidão, para a miséria, mas bem ao contrario, mas o que está errado?
Começa na nossa relação com Deus. Vejamos:

• É Deus quem age.
• É Deus quem conquista.
• É Deus quem coroa.

O salmista descreve um período de conquistas que o povo vivenciou, um período de paz, um período de contentamento. Porque? Por que eles eram homens valentes?, conhecedor de tecnologias de guerra?, estrategistas em logística?, eram grandes conhecedores dos territórios a serem conquistados?, Não o maximo que Deus dizia era, vão lá e expiem a terra de vocês.

Sabe qual o maior segredo aqui, ultima parte do versículo, “porquanto Te agradastes deles”.

Por mais empenho que tenhamos, por mais motivação nos sobrevenha, por mais euforia que tenhamos, por mais boa vontade e boa intenção, não funciona, não acontece, não flui, porque parte de um princípio, agradar a Deus, a bíblia diz que a oração do justo pode muito em seus efeitos. E ai eu começo a identificar por que muitos conseguem e outros não conseguem, por que cada um é cobrado segundo a capacidade que tem, a capacidade que lhe foi dada, Deus não vai pedir alem do que eu possa dar, e enquanto eu estiver dando o meu tudo agradando a Deus, Deus me faz um conquistador, mas apartir do momento em que aquilo que me foi confiado, ou seja, o grau de contentamento que eu teria que gerar a Deus fica defasado, eu passo a sentir na pele um afastamento da provisão, da paz e da alegria de Deus, porque não é o que me sobra que eu tenho que dar, mas o meu tudo, ou seja, a oferta da viúva pobre, por acaso darei algo ao Senhor que não custa nada? (II Samuel 24:24).

Quando começamos a compreender este princípio, que hoje eu não faço parte da multidão, mas que faço parte do grupo de discípulos, a minha responsabilidade é maior, que da multidão, e que discípulo é aquele que copia o mestre, a multidão olha de longe, mas o discípulo é chamado a pagar o preço a qual lhe foi confiado.

Não foi a multidão, que recebeu o Espírito Santo, não foi a multidão que recebeu poder sobre as enfermidades e sobre espíritos malignos, não era a multidão que se beneficiava com a presença intima de Jesus, mas os discípulos, os discípulos abriram mão do seu conforto, dos seus prazeres, e foram os que ouviram os duros discursos de Jesus.

Então, se eu me posiciono como discípulo tenho que pagar o preço como discípulo, tenho que gerar contentamento a Deus pela minha condição de discípulo e ai receber de Deus a posição de conquistador.

A multidão, não deixa de ser aquela que conquista também, pois se ela paga o preço como multidão, aquilo que é confiada a ela como multidão, se ela agrada a Deus, é fiel na quilo que tem proposto a Deus, Deus a recompensa. Agora um dos maiores fatores de que tem gerado a incapacidade de conquistas, é que quando Deus me chama a ser Seu discípulo, eu me comporto como multidão, eu trato a responsabilidade que tenho, como algo que qualquer um pode ter, e isto gera em Deus descontentamento, e por isso também Deus esta, impossibilitado de lhe tornar um conquistador.

Então agora começamos a identificar, porque os nossos sonhos, metas e objetivos se tornam muitas vezes inalcançáveis, por um simples motivo, estamos fora do propósito eterno de gerar contentamento a Deus, gerar prazer em Deus, causar admiração em Deus. No livro de Neemias 8:10 diz que a alegria do Senhor é a nossa força, ou seja, Deus nos fortalece pelo Seu contentamento ao ver nossas atitudes, a palavra também diz que Deus não tem prazer naquele que recua Hb 10:38 e em outro texto o próprio Jesus diz que aquele que tem posto a mão no arado e olha para traz, não é apto para o reino de Deus.

Existe uma expressão no livro de Jeremias 48:10 que diz “maldito aquele que faz a obra do senhor fraudulosamente ou relaxadamente”. O que ocorre geralmente é que queremos os benefícios de servir a Deus, as glorias de uma liderança colocada em nossas mãos, achamos também que viveremos de sucessos sem experimentar muitas vezes o fracasso, e é ai que começa se revelar o quanto estamos disposto a pagar o preço das conquistas, uma conquista não vem por acaso, não cai em nosso colo do nada, se nós estivermos gerando alegria, contentamento a Deus, por mais difícil que seja o desafio estaremos em uma posição privilegiada, porquanto Deus estando alegre, Ele levantará o seu braço e o os nossos desafios não serão só meus, mas agora também de Deus.

Queremos conquistas? Queremos colher sucesso em nossos objetivos e sonhos, o princípio é este, agradar a Deus, (II Tm 2:4-6) Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. Quando Deus coloca responsabilidades em nossas vidas, e temos esta consciência quando Deus as dá a nós, não podemos perder o foco daquilo que temos que fazer, aquilo que nos foi confiado precisamos nos esforçar para as cumprir, para Deus não existe eu não posso, eu não sou capaz, não tenho tempo, não tenho dinheiro, estou cansado, por que se nos embaraçamos com os negócios desta vida, aquele que nos alistou para a guerra e para nos coroar, como o pode fazer, se desertamos do serviço ao qual fomos alistados, não que eu escolhi a ser, mas segundo a escolha de Deus, Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. (João 15 : 16).

Muitos acham que estão fazendo grande coisa, acham que são melhores, acham que são super homens, que nada! Deus me escolheu e ti escolheu, e a frase que temos que ter em nossos lábios a aquela que o apostolo Paulo falou: Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! (I Coríntios 9 : 16), estamos percebendo, que o servir a Deus, não parte do meu desejo exclusivamente, mas sim do meu comprometimento, indiferente as circunstâncias, indiferente ao tempo, mas sou chamado a honrar, a escolha de Deus feita em mim, e como já lemos o lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos (II Tm 2:6).

Deus nos chamou para sermos conquistadores, mas a nossa conquista começa primeiramente no reino dos céus, começa no meu comprometimento como servo, como discípulo, como aquele que foi selecionado, que foi alistado, não nos embaraçando com as dificuldades e os negócios desta vida, quando tomarmos a atitude, de sermos verdadeiramente dependentes, 100% dependentes, Deus se compromete 100% conosco, e ai esta a diferença, que a palavra fala que se verá a diferença daquele que serve a Deus e do que não serve, pois sabemos que a promessa para a conquista é permanente, mas como a alcançaremos se não permanecemos, mas se permanecermos Nele, não morreremos, porque sem Ele nada poderemos fazer, mas uma filosofia diabólica, herética tem invadido nossos lares, nossas empresas, nossas igrejas de que temos que produzir em nós capacidades, força, pensamentos positivos, independência do próximo, uma alta suficiência, elevação do ego e quando o resultado se torna inferior ao de ontem cai o mundo em nossa cabeça, por que a busca é somente por resultados positivos a cada instante, não se aceitando as limitações que cada um tem; Por que aquilo que eu preciso, Deus me dará, pois temos esta certeza, que o justo viverá da fé, que onde a planta do nosso pé pisar, Deus nos dará por herança, que aquilo que nossas mão tocar, prosperará, que bendita será a nossa geração, isto é a Palavra que garante, agora a conquista depende de nossa atitude, fidelidade, disposição, pagar o preço naquilo em que fomos chamados, não podemos baixar a cabeça, não podemos ser intimidados pela pressão do mundo, pelos desafios, e até mesmo pelo fracasso que muitas vezes enfrentaremos, mas que não pode de maneira alguma interferir na nossa fé e disposição em nosso chamado, vamos, colocar nossas limitações na presença de Deus, aquilo que nos falta peçamos a Deus (Tg 1:5), olhe para frente, Deus te chamou, Ele cuidará das coisas para ti, lembres, não de algo a Deus que não te custe nada, priorize as coisas de Deus, tenha zelo por aquilo que Deus confiou em suas mãos, seja responsável, crie uma rotina de prestação de contas, honre para ser honrado, perdoe para ser perdoado, suporte para ser suportado, confie para que confiem em ti, seja excelente em tudo aquilo que vier a fazer, faça tudo como se tivesse fazendo ao Senhor.

Deus nos honrará, fará sobressair o nosso direito como sol do meio dia.(Sl 37:6), os resultados aparecerão, e ao olharmos para traz veremos que o nosso trabalho no Senhor não foi em vão.
Meditemos, que sentimento Deus tem tido de nós, alegria ou tristeza?
Podemos dizer a Deus, que estamos pronto para a conquista?
Somente Josué e Calebe, entraram na promessa, por somente eles agradaram a Deus, não duvidaram, não foram medrosos e o final foi a conquista, eles lutaram, batalharam pela promessa e Deus lhes deu vitória.